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Bem estar

Especialistas alertam para cuidados com uso de aplicativos para exercícios

Apesar da popularidade em alta, risco de lesões são agravados com a falta de orientação profissional

Publicado em 23/05/2019 às 00:00
Atualizado em

(Foto: Divulgação/Reprodução)

A popularização de aplicativos ou vídeos na internet para exercícios físicos expõe números em crescimento. Mesmo com a adesão, profissionais do setor recomendam cautela ao aderir aos meios como forma exclusiva de entrar em forma ou manter o preparo físico.


Em sites como o YouTube, um canal destinado à práticas caseiras acumula mais de dois milhões de seguidores. Durante entrevista para a Agência Estado, Bruno Franco, do BTFIT, confirmou um crescimento de 2 milhões de downloads do aplicativo entre 2015 e 2018. A maioria dos usuários de ambos são mulheres. Já o Freeletics, outro popular destinado ao serviço acumulava 2,4 milhões de usuários no país. Lançado no fim do ano passado, o Numi, soma mais de 42 milhões de pessoas ao redor do mundo.


O Instrutor de musculação e personal Trainer da CCN Academia, Richard Rodrigues Pivetta é cauteloso quanto ao uso das ferramentas. Segundo ele as ferramentas até podem ter utilidade, mas dentro de um contexto complementar e com acompanhamento.


“Num contexto geral não indico o uso pelo simples fato dos aplicativos não terem o conhecimento ou correções dos movimentos executados, mas podemos pensar que ele é utilizável juntamente com o profissional de educação física qualificado”.


Ele lamenta o fato da praticidade ter ganho espaço nas rotinas necessárias para se manter uma condição mais saudável e qualidade de vida. “As pessoas reclamam que não tem tempo para iniciar uma atividade física, mas todos têm pelo menos 30 minutos. Organizando a sua agenda, acredito que todos poderiam iniciar suas atividades físicas simplesmente com uma caminhada ou procurando um estabelecimento qualificado”.


Limite corporal

Assim como ele, a fisioterapeuta, Maiela Quinoto Imhof, reforça a necessidade de cuidado redobrado ao usar aplicativos ou vídeos como referência para prática de exercícios físicos. Além da atenção com a postura e cargas adotadas para as atividades, ela salienta o risco de parte do conteúdo não ter embasamento técnico, uma vez que nem sempre seu desenvolvimento é acompanhado por profissionais da área.

Ela reconhece que há um lado positivo em tentar estimular a prática, mas é preciso atenção redobrada. A fisioterapeuta já atendeu o caso de um paciente que tentou retomar a prática de exercício enquanto se recuperava de um pós operatório. O resultado foi dor desnecessária, além da exposição ao risco.

“Dor sempre é um fator que deve chamar a atenção. Ela é um mecanismo de defesa do corpo e a partir de um momento que se percebe algo diferente da dor muscular, existe o risco de lesões mais sérias”, relata.

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