A arrecadação de recursos para
a construção do Centro de Hemodinâmica para o Hospital Azambuja deve colaborar
com a modernização da estrutura do local. Depois que os cerca de R$ 3 milhões
necessários para o novo serviço foram angariados, entidades como a Associação
Empresarial de Brusque (ACIBr) passaram a mobilizar seus membros e diretoria
para levar as melhorias para diferentes setores da unidade.
Até o momento, o montante
arrecadado é de pouco mais de R$ 5,5 milhões. Pela estimativa do administrador
do Hospital Azambuja, Evandro Roza, as arrecadações devem chegar próximo dos R$
7 milhões.
Com os valores, Roza destaca a
possibilidade de investimentos visando mudanças tanto nos serviços prestados
quanto nos atendimentos. Além do Centro de Hemodinâmica, parte dos valores
serão utilizados para ampliação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal
e melhorias na recepção do hospital.
Os três projetos, assim como
adequações para o Centro Cirúrgico e Pronto Socorro são discutidos pelo
conselho diretor do Azambuja. Segundo Roza, as necessidades por melhorias no
setor são crescentes. Exemplifica com o déficit estadual, estimado em 50 leitos
para UTIs Neonatais. Sem alternativas, afirma ser comum que famílias da cidade
e região busquem os hospitais de Itajaí ou Blumenau.
A ampliação da estrutura
existente terá como foco os nascimentos no próprio hospital e da região. Por
mês estima haver a necessidade de cerca de cinco transferências de crianças
para outras cidades por falta de vagas na cidade.
Os resultados atingidos pela
mobilização, afirma, causaram surpresa em boa parte dos membros do conselho.
Sem os investimentos, acredita que seriam necessários pelo menos três anos para
viabilizar um dos projetos. “Este poder surpreendeu pelo tempo reduzido que
conseguiram viabilizar todos eles e este engajamento global demonstra o motivo
da cidade ser uma das melhores para se viver”.
Engajamento
O tema esteve entre os
assuntos debatidos durante a primeira reunião da diretoria da ACIBr no ano,
ocorrida nesta segunda-feira (11). Para o presidente da entidade, Halisson
Habitzreuter, a mobilização demonstra o prestígio que a classe empresarial tem
pelo grupo de empresários que deu início ao processo. No mês passado, nomes
como Luciano Hang, da Havan; Ingo Fischer, da Irmãos Fischer; e Ademar Sapelli, da Sancris, iniciaram as
arrecadações para ajudar na construção do Centro de Hemodinâmica.
“Eles conseguiram engajar a
classe toda a classe empresarial. A adesão foi maior do que se esperava e isso
vai se reverter em benefícios para todos, é uma questão fundamental para a
qualidade de vida, avalia Habitzreuter. O presidente classificou a ação
empresarial como uma mobilização pontual e afirma esperar uma atenção maior do
Poder Público com o setor.
Com a limitação de doações por
cotas, afirma, a ACIBr, passou a se organizar para viabilizar doações em
valores menores. De acordo com ele, além das doações feitas por empresas
associadas, membros da diretoria da ACIBr e dos núcleos setoriais mantidos
também estão contribuindo para aumentar o alcance da mobilização.
Em alguns dos casos, como no
Núcleo de Fabricantes de Toalhas, são previstos cerca de R$ 100 mil em
arrecadações. Outros segmentos, como o de Gastronomia ou o de Jovens
Empreendedores, também devem contribuir com cerca de R$ 5 mil cada
Núcleos
mobilizados
Na avaliação da coordenadora
do Núcleo de Jovens Empreendedores, Daiane Rossano, os resultados demonstram um
engajamento da ACIBr com a demanda. O tema também foi debatido entre os membros
do grupo, no último dia 5.
“A entidade está se
mobilizando e usando a força do associativismo dela para dar essa contribuição.
Mesmo que os valores iniciais para o Centro tenham sido atingidos, terão muitas
outras coisas que esse dinheiro pode ajudar”, resume.
Segundo ela, a mobilização
demonstra uma preocupação da classe empresarial com a qualidade dos serviços de
saúde no município. Atribui a atenção com a crescente demanda por atendimentos
do tipo vinculados às rotinas dos setores e ao stress.