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Associativismo

Mobilização empresarial viabiliza melhorias na estrutura do Hospital Azambuja

Campanha de arrecadação superou valores para o Centro de Hemodinâmica e deve abranger UTI Neonatal e recepção. Projetos são debatidos internamente

Publicado em 11/02/2019 às 23:45

A arrecadação de recursos para a construção do Centro de Hemodinâmica para o Hospital Azambuja deve colaborar com a modernização da estrutura do local. Depois que os cerca de R$ 3 milhões necessários para o novo serviço foram angariados, entidades como a Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) passaram a mobilizar seus membros e diretoria para levar as melhorias para diferentes setores da unidade.

Até o momento, o montante arrecadado é de pouco mais de R$ 5,5 milhões. Pela estimativa do administrador do Hospital Azambuja, Evandro Roza, as arrecadações devem chegar próximo dos R$ 7 milhões.

Com os valores, Roza destaca a possibilidade de investimentos visando mudanças tanto nos serviços prestados quanto nos atendimentos. Além do Centro de Hemodinâmica, parte dos valores serão utilizados para ampliação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e melhorias na recepção do hospital.

Os três projetos, assim como adequações para o Centro Cirúrgico e Pronto Socorro são discutidos pelo conselho diretor do Azambuja. Segundo Roza, as necessidades por melhorias no setor são crescentes. Exemplifica com o déficit estadual, estimado em 50 leitos para UTIs Neonatais. Sem alternativas, afirma ser comum que famílias da cidade e região busquem os hospitais de Itajaí ou Blumenau.

A ampliação da estrutura existente terá como foco os nascimentos no próprio hospital e da região. Por mês estima haver a necessidade de cerca de cinco transferências de crianças para outras cidades por falta de vagas na cidade.

Os resultados atingidos pela mobilização, afirma, causaram surpresa em boa parte dos membros do conselho. Sem os investimentos, acredita que seriam necessários pelo menos três anos para viabilizar um dos projetos. “Este poder surpreendeu pelo tempo reduzido que conseguiram viabilizar todos eles e este engajamento global demonstra o motivo da cidade ser uma das melhores para se viver”.

 

Engajamento

O tema esteve entre os assuntos debatidos durante a primeira reunião da diretoria da ACIBr no ano, ocorrida nesta segunda-feira (11). Para o presidente da entidade, Halisson Habitzreuter, a mobilização demonstra o prestígio que a classe empresarial tem pelo grupo de empresários que deu início ao processo. No mês passado, nomes como Luciano Hang, da Havan; Ingo Fischer, da Irmãos Fischer; e  Ademar Sapelli, da Sancris, iniciaram as arrecadações para ajudar na construção do Centro de Hemodinâmica.

“Eles conseguiram engajar a classe toda a classe empresarial. A adesão foi maior do que se esperava e isso vai se reverter em benefícios para todos, é uma questão fundamental para a qualidade de vida, avalia Habitzreuter. O presidente classificou a ação empresarial como uma mobilização pontual e afirma esperar uma atenção maior do Poder Público com o setor.

Com a limitação de doações por cotas, afirma, a ACIBr, passou a se organizar para viabilizar doações em valores menores. De acordo com ele, além das doações feitas por empresas associadas, membros da diretoria da ACIBr e dos núcleos setoriais mantidos também estão contribuindo para aumentar o alcance da mobilização.

Em alguns dos casos, como no Núcleo de Fabricantes de Toalhas, são previstos cerca de R$ 100 mil em arrecadações. Outros segmentos, como o de Gastronomia ou o de Jovens Empreendedores, também devem contribuir com cerca de R$ 5 mil cada

 

Núcleos mobilizados

Na avaliação da coordenadora do Núcleo de Jovens Empreendedores, Daiane Rossano, os resultados demonstram um engajamento da ACIBr com a demanda. O tema também foi debatido entre os membros do grupo, no último dia 5.

“A entidade está se mobilizando e usando a força do associativismo dela para dar essa contribuição. Mesmo que os valores iniciais para o Centro tenham sido atingidos, terão muitas outras coisas que esse dinheiro pode ajudar”, resume.

Segundo ela, a mobilização demonstra uma preocupação da classe empresarial com a qualidade dos serviços de saúde no município. Atribui a atenção com a crescente demanda por atendimentos do tipo vinculados às rotinas dos setores e ao stress.

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