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RESPOSTA

Prefeitura rebate hospital quanto a atendimento de mulher feito por bombeiro

Paciente aguardava atendimento no Hospital Azambuja quando desmaiou e foi atendida por um bombeiro.

Publicado em 22/05/2019 às 05:09

A prefeitura de Brusque divulgou, na tarde desta quarta-feira (22), uma nota oficial se manifestando sobre o atendimento de uma paciente por um bombeiro militar no Hospital Azambuja quando não havia médico para atendê-la. 

O atendimento aconteceu na segunda-feira (20), e foi gravado por pessoas que estavam no hospital. O vídeo viralizou nas redes sociais. As imagens mostravam uma mulher passando mal enquanto aguardava atendimento no pronto-socorro. Ela desmaiou e populares solicitaram que um médico a atendesse, o que não aconteceu. Então, um bombeiro entrou no local, a colocou em uma cadeira de rodas e a levou para atendimento. 

Em uma nota oficial, o diretor do Hospital Azambuja, Evandro Roza afirmou que há tempos a instituição vem sofrendo com superlotação “causando realmente demora no atendimento, sendo que o nosso foco sempre será priorizar urgência e emergência”. O hospital também afirma que o motivo da superlotação é a falta de resolubilidade das Unidades Básicas de Saúde e da Políclínica, e que de 18 a 20 de maio atenderam 779 pacientes.

A prefeitura, por sua vez, rebateu o Hospital e afirma que “a declaração foi baseada em achismos e sem qualquer tipo de respaldo em indicadores de saúde. Na ânsia de justificar problemas internos, como a qualidade do atendimento, buscou-se acusar a saúde pública municipal sem nenhum fundamento técnico ou científico”.

Leia a nota na íntegra:

Nota Oficial
A Prefeitura de Brusque, por intermédio da Secretaria de Comunicação Social (SECOM) e da Secretaria Municipal de Governo e Gestão Estratégica, vem, por meio desta, manifestar sua inconformidade com a nota emitida pela diretoria do Hospital Azambuja, acerca dos acontecimentos recentes em seu pronto socorro, onde uma pessoa teve um mal súbito ao aguardar pelo atendimento, tendo que ser atendida pelos bombeiros que estavam no local. 

De forma inapropriada, a diretoria do hospital buscou responsabilizar o atendimento da saúde pública de Brusque pelo seu próprio atraso no atendimento, alegando que a “falta de resolubilidade” nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Policlínica do município resultam na alta demanda de atendimento do Hospital

Lamentamos a infeliz declaração, baseada em achismos e sem qualquer tipo de respaldo em indicadores de saúde. Na ânsia de justificar problemas internos, como a qualidade do atendimento, buscou-se acusar a saúde pública municipal sem nenhum fundamento técnico ou científico. 

A Prefeitura de Brusque tem buscado incansavelmente aprimorar a qualidade dos serviços de saúde no município, com a melhoria e ampliação de sua infraestrutura, qualificação de seu corpo técnico e adoção de práticas de gestão que busquem melhorar o atendimento de quem mais precisa. 

Sabemos que ainda há muito o que avançar, e compreendemos que por vezes há formação de filas para o atendimento dos serviços de saúde, como o caso que ocorreu ontem com o Hospital Azambuja. No entanto, não é terceirizando a sua responsabilidade que estes problemas serão solucionados. Saúde é coisa séria e o debate acerca de como resolver tais problemas no município também devem ser: com profissionalismo e sem oportunismo.

Além disso, vale destacar que a Prefeitura sempre foi parceira do Hospital Azambuja, e reconhece os relevantes serviços que esta entidade presta para os munícipes de Brusque e região. Só no ano passado, foram repassados R$ 23 milhões ao hospital. Nós pagamos pelo serviço prestado pelo Hospital ao cidadão.

Valendo-nos do ensejo, aproveitamos para reforçar nosso compromisso de melhorar cada vez mais os serviços de saúde do município, seja pela gestão direta, como é o caso das UBSs e Policlínica, seja por meio de convênios, como no caso dos hospitais Dom Joaquim e Azambuja.

Ademais, registramos votos de apoio ao Hospital Azambuja na busca pelo seu aprimoramento de atendimento, e pedimos que as questões de saúde pública no município sejam debatidas com mais responsabilidade e profissionalismo, tal qual merece uma entidade centenária tão importante para a nossa cidade.

Ressaltamos a evolução da saúde pública no município de Brusque, que passou de Conceito C em 2016 (por conta, dentre outras coisas, da alta mortalidade por Diabetes e Hipertensão), para A, em 2018. Isto é resultado de diversos novos procedimentos assertivos na Estratégia Saúde da Famíla (ESF) realizados nos últimos anos. 

Lembramos, também, da implementação do Pronto Atendimento do bairro Santa Terezinha que, em breve, será mais um ponto de acolhimento para os cidadãos, funcionando de segunda à sábado, das 13h até às 22h. 


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