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Guabiruba aposta na cultura local e belezas naturais para estímulo ao turismo

Segundo Diretoria do Turismo, objetivo é tornar cidade reconhecida como “A Terra do Pelznickel”; criação de associações tenta profissionalizar setor

Publicado em 14/02/2019 às 01:28

(Foto: Divulgação/Facebook)

A consolidação de eventos como a 2ª Sfilata del Vino, ou Desfile do Vinho, em tradução literal, reforçou a tendência de Guabiruba dedicar ainda mais esforços para o estímulo ao turismo local. A avaliação é do diretor de Turismo, Andrei Müller. O direcionamento também faz parte do Plano de Turismo local, com estratégias para o setor até o ano de 2025.

Um dos principais pontos do documento, descreve Müller, é a conquista do título de “A Terra do Pelznickel”, considerado por ele um dos principais atrativos de visitantes para a cidade. Além de consolidar a atividade natalina, segundo o diretor, o estímulo para outros eventos típicos da cidade é uma tendência para o desenvolvimento do setor.

De acordo com Müller, ao aproveitar elementos da cultura local, a cidade consegue se destacar e atrair visitantes e autoridades de diferentes cidades. Com a atenção, afirma, a tendência é que os eventos antes locais e comunitários cresçam. “Em especial a Festa Italiana, que já está bem enraizada e é bem caracterizada como um diferencial”.

Müller destaca o engajamento da população no desenvolvimento das atividades. O diretor afirma que o uso do turismo como uma ferramenta para geração de renda para cidade tem sido bem recebido pela população. Ele reconhece a necessidade de melhorias para o município consiga atrair um grande número de visitantes, mas com a organização das diretrizes necessárias, acredita ser possível perceber os resultados nos próximos anos.

Para o diretor, além do retorno financeiro gerado pelas programações, elas exercem um papel importante no resgate e preservação da cultura da cidade. Entre as ações previstas estão atividades sobre turismo nas escolas municipais e de divulgação da cidade.

 

Associação e profissionalismo

O Desfile do Vinho foi criado como parte da divulgação da 9ª Festa Italiana, marcada para 16 de março, no Oratório Santo Antônio, do bairro Lageado Alto. Até esta edição as duas programações eram organizadas pelo trabalho voluntário de descendentes de imigrantes italianos e moradores da comunidade.

Apesar do engajamento, a falta de uma entidade representativa limitava o apoio e busca por recursos em programas públicos de incentivo ao turismo. Desde o ano passado, parte dos organizadores e moradores trabalham para tentar reunir a comunidade em uma associação própria.

A Associação Cultural Italiana de Guabiruba (Acig), ainda tramita para ter sua criação oficializada, mas já possui uma diretoria e estatutos pré-organizados. Amilton Stedile, integrante recorrente da organização dos eventos será o diretor administrativo da entidade.

De acordo com ele, a tendência é que a documentação leve cerca de 60 dias para ser finalizada. Além da organização da festa e do desfile, a entidade também pretende dar sequência no desenvolvimento do Memorial Italo-Guabirubense Sacristão Francesco Selva. A estrutura fica ao lado da capela Imaculada Conceição, uma das referências da colonização local.

Para ele, a busca é uma forma de profissionalizar o trabalho comunitário e deve ser importante para garantir melhorias e crescimento dos eventos. “Precisávamos criar uma identidade e ser visível dentro da cidade, legalmente, para poder caminhar nisso junto com o Poder Público”.

 

Valorização cultural

O memorial está em construção há cerca de 11 anos, com trabalho voluntário da comunidade e custeado com os valores arrecadados nas festas e eventos realizados. Para Stedile, com a mobilização foi possível perceber um resgate e interesse da população mais jovem pela cultura dos antepassados.

Nele estão desde fotos, livros e registros dos colonos italianos na cidade e região. O acervo ainda está sendo catalogado e a tendência é que a estrutura ganhe um paisagismo especial para servir como atrativo turístico no bairro. Para o futuro, Stedile, espera ser possível manter o espaço aberto para visitação. Hoje, ele funciona apenas em eventos específicos ou com agendamento.

“Dentro de um projeto de turismo de longo prazo é importante criar eventos ao longo do ano. Hoje temos pontos turísticos que ainda não são tão explorados e estas atividades podem contribuir”, projeta.

Apesar de reconhecer as dificuldades para tirar uma iniciativa deste porte do papel. De acordo com ele, a medida ainda está sendo desenvolvida e parcerias são avaliadas a execução: “Ainda está em desenvolvimento. Queremos, pelo menos, realizar o início de uma sede própria para entidade”.

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