Portal da Cidade Brusque

Ame Gustavo

Campanha é prejudicada por repercussão de caso em Joinville

Pessoas estão confundindo o caso de Brusque com o de Joinville, onde os pais de uma criança com a mesma doença bancaram luxos com doações angariadas

Publicado em 21/02/2018 às 23:49

(Foto: divulgação)

É como preconiza o velho dizer: os bons acabam pagando pelos maus. Nos últimos dias, por exemplo, a Campanha Ame Gustavo, que busca recursos para o pequeno Gustavo Jappe Aires, morador de Brusque que tem quase um ano e três meses de idade e sofre de Atrofia Muscular Espinhal, vem deixando de conquistar adeptos por conta de uma grande confusão que tomou repercussão nacional.

Acontece que em Joinville, no Norte Catarinense, também há um caso semelhante de uma família que criou uma campanha de arrecadação para o filho que possui a mesma doença, denominada Ame Jonatas. Neste caso, porém, parte do R$ 3,9 milhões que o casal conseguiu angariar, segundo mostrou o programa Fantástico, da Rede Globo, foi utilizado para bancar luxos como carros importados e uma viagem para Fernando de Noronha.

De acordo com Priscila Motter, amiga da família brusquense e voluntária da campanha Ame Gustavo, muitas pessoas vêm confundindo o caso de Joinville com o do pequeno Gustavo, trazendo transtornos desnecessários e atrapalhando a mobilização por mais dinheiro (são necessários mais de R$ 3 milhões para o tratamento da doença da criança). 

“Nós recebemos áudios via WhatsApp dizendo que o caso mostrado na televisão era dos pais do Gustavo. Outra situação que acontece foi quando lançamos o bingo. As pessoas começaram a comentar no Facebook que era os pais do Gustavo que estavam sendo investigados. O último caso foi em Indaial. Lá, uma voluntária nossa começou a ser destratada ao vender uma rifa”, frisa Priscila, que concedeu entrevista a Portal da Cidade Brusque para esclarecer o imbróglio.

Segundo Motter, as pessoas precisam ler as reportagens e saber todos os detalhes, antes de ficarem difamando a campanha honesta em prol do bebê de Brusque. “Os dois têm a mesma doença, mas são campanhas totalmente diferentes. O pessoal está associando o que aconteceu com o Jonatas com a campanha do Gustavo. A pessoa que gravou mandou para grupos, foi bem distribuído esse áudio. Queremos esclarecer para que a população cuide para não prejudicar a campanha”, continua.

Entre idas e vindas do hospital, onde a criança encontra-se internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), os seus pais agora têm mais uma barreira para superar, que é, justamente, a irresponsabilidade de um ato aparentemente antiético que acabou por criar uma série de consequências para quem só quer salvar a vida de Gustavo, que compartilha da mesma patologia rara que a criança do norte do estado.

“Eles ficam constrangidos com essa situação. Pedimos para o pessoal ter mais atenção”, finaliza Priscila.


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