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BRUSCÃO

Diretoria do Brusque expõe finanças do clube e prega transparência na gestão

Dirigentes do clube apresentaram documentos, receitas e despesas de forma detalhada

Publicado em 11/03/2020 às 01:53
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(Foto: José Acácio Dalcastagne/Rádio Araguaia)

(Foto: Lara Vantzen/Brusque FC)

Na tarde desta quarta-feira (11), o presidente do Brusque Danilo Rezini concedeu entrevista coletiva junto ao Diretor Financeiro do clube Rogério Lana, o Diretor de Futebol Carlos Beuting e o presidente do Conselho Deliberativo Júlio Petermann. Em pauta, as finanças do clube.

A diretoria apresentou através de slides, borderôs de jogos, receitas e despesas do Bruscão e explicou algumas situações que causam dúvidas principalmente nos torcedores, como as rendas de jogos. Sobre essa situação, Rogério Lana mostrou o borderô das partida contra Remo e Concórdia. Com o documento em tela, apresentou detalhadamente cada número de torcedores por setores, situações de entradas de sócios, cortesias e ingressos que são destinados a patrocinadores. Para o presidente do clube, a medida é uma forma do Brusque mostrar sua transparência à comunidade. “Queremos passar para o torcedor o que acontece dentro do clube. O Brusque sempre esteve aberto ao diálogo e a transparência. Somos uma instituição privada, temos o dever de prestar as contas para os nossos patrocinadores, mas como clube de futebol e entidade, temos uma responsabilidade social”.

Outra questão que foi abordada foi as premiações pela participação do clube na Copa do Brasil. De acordo com o balanço apresentado pelo Brusque a competição já rendeu aos cofres do clube R$ 2.421.00,00 de forma bruta, porém, com as despesas como pagamento de compromissos e premiação aos atletas e membros da comissão técnica esse número cai para R$ 1.371.00,00.

O clube possui aproximadamente 630 sócios entre os planos atuais e os sócios antigos que realizam pagamento através da conta do Samae.

Ao contrário do que muitos imaginam, os cofres do Bruscão não estão recheados de dinheiro. O clube trabalha mensalmente com um déficit de R$ 105 mil. Pelo destaque recente do clube e a associação com a Havan e seu proprietário Luciano Hang, vende-se a ideia de que o Quadricolor é um clube-empresa milionário, situação que inflaciona o preço dos atletas na hora de contratar, como explica o Diretor de Futebol Carlos Beuting. “Os jogadores acham que por termos subido para a Série C, com toda essa mídia e o patrocínio da Havan, muitas pessoas até acreditam que o clube pertence à empresa. Os valores que alguns atletas pedem para outros clubes costumam ser menores que aqui. Houve até uma situação com um atacante que pediu R$15 mil para a disputa do Catarinense e acabou assinando com o Concórdia por R$8 mil. Estamos tendo muita dificuldade, nomes que julgamos importante para a Série C, mas com valores muito fora da nossa realidade. Nosso presidente já passou o orçamento para a competição e não podemos sair desse orçamento. Vamos fazer um time competitivo, mas continuamos sendo o Brusque. Muitas equipes chegaram a um patamar maior, não tiveram esse cuidado e acabaram quebrando, isso nós não vamos fazer com o Brusque”, frisa.


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