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CÂMARA

Zancanaro diz que governador escolheu líder do governo "de grupo comunista"

Vereador afirmou durante a sessão ordinária desta terça que o Carlos Moisés elegeu-se para o cargo por "onda Bolsonaro"

Publicado em 21/02/2020 às 00:28

(Foto: Câmara de Vereadores de Brusque)

Vereador também falou sobre o pedido de cassação protocolado contra Dr. Jonas e Ari Vequi: “Jamais interferiram no funcionamento da Câmara”

O vereador José Zancanaro (PSB) afirmou durante a sessão ordinária desta terça-feira, 18 de fevereiro, que o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL), elegeu-se para o cargo exclusivamente por consequência da “onda Bolsonaro” - expressão que remete à campanha vitoriosa de Jair Messias Bolsonaro (PSL) à presidência da República, pelo mesmo partido, em 2018. 

“O nosso governador tinha que ser um pouco mais coerente, mesmo que não tenha sido preparado para isso, porque a ‘onda 17’ o colocou lá. E ele escolheu quem como líder do seu governo? Uma deputada [Paulinha, do PDT] que faz parte daquele grupo comunista do PDT. Acho que ele deveria ter escolhido uma pessoa mais do ninho”, disse. “De qualquer forma, desejamos que faça uma boa gestão. Para isso, pode se assessorar muito bem, lograr algum êxito, e deixar de ser um pouco teimoso. Mas, [desejo] sucesso, porque o sucesso de Carlos Moisés à frente do governo do estado é o sucesso de Santa Catarina e de todos nós, para o bem-estar e dias melhores para os catarinenses”, acrescentou. 

“Jamais o Executivo interferiu para impedir o funcionamento da Câmara”

Em seguida, Zancanaro se manifestou sobre o arquivamento, por votação do plenário, da representação formulada por Paulinho Sestrem (PATR) contra o prefeito Jonas Paegle (PSB) e o vice-prefeito Ari Vequi (MDB). O patriota os acusava de “coação a vereador” e “submissão e intimidação do Poder Legislativo”, e pedia, por fim, a cassação de seus mandatos. Antes disso, o Município de Brusque e o secretário municipal de Saúde, Humberto Fornari, haviam protocolado contra Sestrem uma representação - arquivada pela Corregedoria nesta quarta-feira, 19 - na qual pleiteavam a cassação do mandato do parlamentar, medida tomada após a repercussão do vídeo em que ele questionava a inserção de dados sobre a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Santa Terezinha no site do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

A respeito da denúncia contra os chefes do Poder Executivo, Zancanaro salientou: “Jamais o Executivo interferiu para impedir o funcionamento da Câmara e em nenhum momento algum vereador foi intimado ou notificado, deixando de exercer suas funções. É claro que, nesse afã, houve alguns atropelos, intenção de tirar algum proveito”. 

Para o orador, faltava “substância” à petição de Sestrem: “Temos a responsabilidade da governabilidade. Isso traria insegurança jurídica à cidade. Para aceitarmos a premissa da denúncia, e depois votar pelo procedimento [da cassação], teríamos que ter convicção das irregularidades. Essa decisão seria mais política do que jurídica”, concluiu.

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