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CINEMA

Documentário "Cogumelo Atômico" será lançado amanhã (26) no YouTube

Película lembrará movimento e jornal revolucionário brusquense na década de 70

Publicado em 24/06/2020 às 23:13

(Foto: Divulgação/Ricardo Weschenfelder)

Na próxima sexta-feira (26), às 20h, será lançado no YouTube o documentário Cogumelo Atômico, que remete ao jornal de mesmo nome e o movimento alternativo brusquense de contracultura que ocorreu em Brusque de 1974 até 1978. O filme é uma continuidade da pesquisa que a jornalista Maria Zucco fez sobre o movimento em 2016 para seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) .

De acordo com Ricardo Weschenfelder, produtor do documentário, a pesquisa de Maria Zucco foi muito importante para resgatar a memória do Cogumelo Atômico e produzir o documentário. O movimento inspirado na cultura hippie, liderado por jovens que criaram um jornal que falava sobre música, literatura, artes plásticas e política ganhou notoriedade inclusive fora de Brusque. Foram publicadas em torno de 30 edições do jornal na década de 70. “As entrevistas foram realizadas em diferentes momentos ao longo de três anos de gravação. Os entrevistados abordam principalmente como o jornal era feito e distribuído, a visão sobre política e arte do grupo, como era a cidade de Brusque naquela década”, explica Weschenfelder.

O movimento, fundado por Almir Feller, Aloísio Buss e Luis Teixeira, expandiu-se inclusive para outras áreas como teatro, artes plásticas e shows de rock. O documentário começou a ser gravado em 2017, durante a exposição em comemoração aos 40 anos do Cogumelo Atômico. O produtor do filme diz que os fundadores e colaboradores do jornal foram as principais fontes na produção da película. Para ele, aquela geração tinha um senso de coletividade muito maior do que o que os jovens tem hoje. “Atualmente a juventude é muito individualista e preocupada com o mercado, o trabalho e o dinheiro. O mundo virtual intensifica esse distanciamento”, aponta.

Weschenfelder entretanto, acredita que existem bandeiras políticas, como movimentos negros, LGBT e feminismo, que ganham força e provocam mudanças positivas na sociedade. “Acredito que o interesse da nova geração pelo movimento do Cogumelo Atômico vem daí (dessas bandeiras). Era um movimento coletivo, intuitivo, político e artesanal”.

O documentário foi contemplado no Fundo Municipal de Apoio à Cultura de Brusque em 2019 e tem 50 minutos de duração. É dirigido por Maria Zucco, produzido por Ricardo Weschenfelder, teve a montagem e finalização realizada por Sérgio Azevedo, mixagem e desenho de som de Davi Carturani, trilha sonora de Gustavo Gonzaga Pereira, animações de Luiz Zucco e criação gráfica de Egon Formonte.


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