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Intercâmbio

Alunos do Colégio São Luiz avaliam experiência de intercâmbio nos Estados Unidos

Adolescentes ficaram durante 25 dias no Mississipi e relatam experiências positivas

Publicado em 14/02/2024 às 16:33

(Foto: Bárbara Sales/Ideia Comunicação)

O intercâmbio para o Mississipi, nos Estados Unidos, foi uma experiência marcante e enriquecedora para os estudantes do Colégio São Luiz: Ana Alice Sevegnani, Helena Luiza Dadam, Maria Clara Dell’Agnolo e Wilson Mario Sgrott Netto.

Acompanhados pela coordenadora do Programa Bilíngue da instituição, professora Mariane Werner Zen, os adolescentes tiveram a oportunidade de viver 25 dias imersos na cultura americana e trazem na bagagem muitas lembranças e histórias para contar.

Diferente do intercâmbio para Alemanha, em que os estudantes do colégio ficaram hospedados em casas de família, Ana Alice, Helena, Maria Clara e Wilson tiveram outra experiência e durante o tempo que ficaram nos Estados Unidos viveram juntos em uma casa com a professora Mari.

Vivências e aprendizados
Os intercambistas frequentaram a escola Sacred Heart School, que faz parte da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, na cidade de Southaven, e também conheceram outras cidades da região e diversos pontos turísticos.

Ana Alice relata que uma das experiências mais marcantes foi a visita ao Museu dos Direitos Civis, em Memphis. Além disso, ela destaca a oportunidade que teve de conversar com pessoas que têm o inglês como primeiro idioma, o que a ajudou a melhorar seu aprendizado e ampliar seu círculo social. “Foi uma experiência muito boa, melhor do que esperava. Fiz muitos amigos e continuo mantendo contato com eles. Sinto que estou muito mais aberta depois do intercâmbio”, diz.

Para Helena, o maior legado do intercâmbio foi a independência. “Precisamos aprender a nos virar sozinhos e isso me fez amadurecer”. Ela também destaca as diferenças na alimentação e no comportamento social. “Aprendi a importância de viver em grupo e me adaptar”.

Durante o intercâmbio, Maria Clara teve contato com a neve pela primeira vez, uma experiência que ficará marcada para sempre na sua memória. Ela também fez amizades durante o tempo que esteve no Mississipi e pretende manter contato constante com os novos amigos. “Ganhei até uma pulseira da amizade com meu nome! Foi muito legal porque consegui criar laços e pretendo continuar o contato com eles. Temos grupos no WhatsApp e conversamos também pelo Instagram”, relata.

O intercâmbio foi a primeira viagem internacional de Wilson, que voltou cheio de histórias para contar. Ele destaca a receptividade dos colegas americanos e também as novas amizades. Durante o período que esteve em Southaven, teve a oportunidade de participar do campeonato realizado na inauguração de um Clube de Xadrez da cidade de Germantown, no qual ficou em segundo lugar entre os 32 participantes. “Foi uma grande experiência. O intercâmbio, com certeza, vai gerar muitas oportunidades no futuro”, afirma. 

Dia a dia na escola
Os quatro jovens se sentiram muito acolhidos desde o primeiro dia na cidade e não perceberam grandes diferenças culturais, além da gastronomia. A principal diferença, de acordo com eles, foi na vivência escolar. Lá, as aulas iniciam pela manhã e seguem até às 15h, e são os alunos que trocam de sala de aula e não o professor, como acontece no Brasil. Eles relatam que as salas de aula também são menores e, por consequência, mais silenciosas. “A forma que eles fazem as atividades é diferente. Em matemática, por exemplo, eles usam calculadora. Em poucos segundos, têm cinco questões prontas”, destaca Ana Alice.

Para Maria Clara, o sistema das salas e o horário das aulas foi o que chamou a sua atenção. “Estudar até às 15h foi bem diferente para mim”, relembra. 

Os adolescentes consideram o intercâmbio uma experiência única de crescimento pessoal. “Foi muito importante porque aprendi a viver em grupo, a valorizar o meu tempo, já que, por conta da grande quantidade de neve, precisamos ter aulas on-line e ficar mais em casa, mas mesmo assim foi muito bom. Inesquecível”, destaca Helena.

“O intercâmbio ajudou muito na minha autonomia, porque tivemos que nos virar, fazer coisas que geralmente nossos pais fazem para nós, então, essa independência foi muito importante”, observa Wilson.

Ana Alice recomenda a experiência para todos que têm interesse em viver um intercâmbio. “Tenho certeza que vai acrescentar muito no meu currículo. É uma experiência única, vivenciei coisas que não têm preço”, comenta. 

Para Maria Clara, o intercâmbio superou as expectativas, tanto que ela pretende ter novas experiências. “O intercâmbio vai abrir muitas oportunidades no futuro e eu pretendo fazê-lo mais vezes. Me ajudou a ver o mundo de forma diferente em alguns aspectos. Estou mais sociável e empática”, completa. 

Orgulho
Esta foi a segunda vez que a professora Mariane acompanhou um grupo de estudantes do Colégio São Luiz ao Mississipi. Assim como a experiência anterior, a professora afirma que o crescimento de cada aluno durante esses 25 dias de intercâmbio foi surpreendente. “Desta vez, tivemos que enfrentar a neve durante uma semana, em uma cidade que não é habituada com isso. Ficamos isolados dentro de casa, acompanhando as aulas on-line, e vivemos a neve na vida real, não como turista. Aquela vivência do dia a dia, em saber como se comportar com o clima foi um aprendizado muito grande”, relembra.

A professora destaca que os adolescentes foram muito resilientes ao lidarem de forma madura com os imprevistos gerados pela neve, que levou a algumas mudanças de planos durante o intercâmbio.

“Eles passaram por situações totalmente inesperadas e as superaram. Acredito que poucas pessoas conseguiriam e eles foram muito fortes”, ressalta. 

De acordo com ela, os intercambistas vivenciaram muito bem os quatro pilares da educação recomendados pela Unesco: aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a aprender. “Eles viveram firmemente esses quatro pilares, porque tiveram que aprender a fazer muitas coisas diferentes do dia a dia que têm no Brasil, tiveram que aprender a conviver em uma casa com um grupo diferente de sua família, e perceber-se a si mesmo estando longe dos pais. Aprenderam muito nesses dias e sempre demonstraram abertura para tal”.  

A professora também destaca que os adolescentes representaram o Colégio São Luiz muito bem. “Desde o início se mostraram abertos à comunidade escolar e foram muito bem recebidos, acolhidos, se sentiram confortáveis, em casa. O que demonstra que nossos valores dehonianos, nosso jeito de ser dehoniano, tanto no Brasil quanto no Mississipi, estão conectados. Isso valoriza o nosso trabalho, a nossa comunidade dehoniana. Foi uma experiência e tanto”, complementa.

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