Na tarde desta quarta-feira (19), o técnico Jersinho e o goleiro Zé Carlos concederam entrevista coletiva no estádio Augusto Bauer. Em pauta, o confronto contra o Remo pela segunda fase da Copa do Brasil.
O treinador iniciou a entrevista revelando que espera o aval do Departamento Médico do clube sobre a liberação ou não de Gustavo Henrique. O jogador recupera-se de uma lesão, e caso se recupere, deverá ser utilizado na lateral-direita, transferindo Zé Mateus para o meio, como volante. Caso não seja liberado, Zé Mateus segue na lateral e Ruan deve atuar como volante. “Estamos aguardando a situação do Departamento Médico, nesse último treinamento de hoje iremos avaliar se o atleta tem condições. Caso tenha, provavelmente deve iniciar a partida”
Rafael Jaques
Jersinho também retribuiu os elogios de Rafael Jaques, técnico do Remo, ao time do Brusque. A exemplo de Jersinho, Jaques também iniciou como auxiliar, no São José (RS), sendo efetivado posteriormente e alcançando o acesso à Série C do Campeonato Brasileiro. “Respeito muito o trabalho dele. Fez um excelente trabalho no São José, desde as categorias de base. Quando ganhou a oportunidade de ser efetivado também foi muito bem. Agora está desenvolvendo um bom trabalho no Remo. Tanto ele, como eu, servimos de referência para profissionais que estão chegando agora e recebendo oportunidades dentro de seus próprios clubes”, enaltece.
Jogo para entrar na história
Caso avance, o Brusque alcançará pela primeira vez a terceira fase da Copa do Brasil. Ciente disso, o goleiro Zé Carlos pede atenção máxima ao time no confronto com o Remo. “Tenho certeza que será um jogo mais difícil, pegado e de marcação do que contra o Sport, que é uma equipe que deixa jogar um pouco mais, por ser uma equipe de Série A. Estou certo que o Remo não vai vir dessa forma, tirei algumas informações com amigos que jogam no Paysandu e tiveram um jogo difícil com eles. Conheço alguns jogadores, é uma equipe muito qualificada. Será um jogo complicado, mas estaremos dentro de nossos domínios e nossa dedicação e coragem tem que ser maior ainda que nos últimos jogos para conseguirmos essa classificação”.
Modelo de jogo
Jersinho diz que a equipe deve adotar a mesma postura dos últimos jogos. “Trabalhamos em cima de uma ideia, de um modelo de jogo. Não mudamos a nossa forma de jogar, tanto em casa como fora. Claro que tem situações em que você precisa se defender um pouco mais e em outro propor um pouco mais o jogo. Estamos preparados para todas as situações. Sobre o regulamento ter a possibilidade de pênaltis, temos que entrar da mesma maneira, jogando dentro de casa temos que ser muito fortes. A mesma coisa que falei na véspera do jogo do Sport. Temos que ter sabedoria e paciência, nos preocupando com nosso desempenho, que as coisas vão acontecer naturalmente.
Torcida tem que ser mais paciente
Questionado sobre as declarações que deu ao final do jogo contra o Juventus, quando disse que a torcida tinha que ter mais paciência e entender a sequência de jogos que a equipe estava passando, Zé Carlos mantém seu posicionamento. “Eu entendo o torcedor, já fui torcedor, ele é passional, paga o ingresso e quer ver gols e jogo bonito, mas nem sempre isso acontece. Eu não mudo minha fala, no momento que mais precisamos contra o Juventus, alguns começaram a vaiar. Tem momentos no futebol que você não vai estar bem encaixado e só o torcedor vai nos dar o fôlego e o incentivo para conseguirmos os resultados. Precisamos muito da ajuda do torcedor, que é o nosso 12º jogador”
Jersinho concordou com seu camisa 1 e adotou o mesmo discurso. “Às vezes o torcedor imagina algumas coisas que não são bem assim. Não é porque ganhamos do Sport que vamos meter quatro ou cinco nas outras equipes. Todos os jogos são muito difíceis, estamos tendo uma sequência muito dura. Jogamos uma guerra aqui contra o Sport na quarta-feira, que foi desgastante física e psicologicamente e enfrentamos um adversário que descansou a semana inteira”.
O adversário
O comandante do Bruscão teceu elogios ao adversário de amanhã. “Uma equipe muito bem organizada pelo Jaques, que tem qualidades individuais. Mas confiamos no nosso trabalho, na nossa equipe, e dentro de casa temos que nos impor. Assisti o jogo contra o Paysandu e é uma equipe muito aguerrida. Mas cada jogo é uma história”, salientou.
Elenco pequeno e reforços
Com um plantel reduzido, o Brusque vem sofrendo com a sequência de jogos e possui cinco atletas no Departamento Médico. Com isso, as opções do treinador vem cada vez mais sendo reduzidas, o que levou a diretoria a voltar ao mercado na busca de variantes para o elenco. Questionado se houve um equívoco na montagem do plantel, pela quantidade de atletas, Jersinho rechaça a possibilidade. “Acho que não houve um equívoco. Se formos avaliar, a posição que mais tínhamos opções era a lateral-direita e a que mais teve atletas lesionados. Estamos improvisando bem pouco, a única situação que precisamos mesmo é o atacante de referência. Mas acredito que o grupo foi bem montado, é difícil fazer futebol hoje em dia, trazer atletas. Às vezes você erra e até o momento não erramos. Todos os atletas que chegaram estão nos ajudando e contribuindo muito para essa fase que vivemos”.
Sobre reforços, Jersinho não se aprofundou no assunto, mas disse que sua prioridade é por um camisa 9, já que Edu é o único que desempenha a função no elenco. “Meu pedido desde o começo foi por um centroavante. Só temos o Edu, e essa sequência é muito desgastante. Tem jogos que poderíamos ter poupado o jogador, mas não temos como, porque é nossa referência, é quem segura a bola. As outras opções seriam para compor o grupo, acho que precisa até pela sequência forte e já pensando no Campeonato Brasileiro. Quem chegar, eu tenho certeza que vai nos ajudar e contribuir para nossa ascensão”.
