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Trabalho de universitária brusquense esmiúça casos de violência doméstica na cidade

Confira os principais dados obtidos através da pesquisa

Publicado em 03/09/2017 às 23:19

Universitária realizou um detalhado levantamento de informações sobre os casos ocorridos no município - Foto: reprodução/Facebook

Levantar dados referentes aos casos violência doméstica ocorridos em Brusque nos últimos 14 meses foi o principal objetivo do projeto Mulheres em Situação de Violência Doméstica: subsídios psicológicos no processo de escolha na representação judicial. Desenvolvido por Bruna Adames, graduanda da 10ª fase do curso de Psicologia do Centro Universitário de Brusque (Unifebe), a pesquisa tem a orientação da psicóloga e docente da universidade, Simoni Urnau Bonfiglio, e supervisão de campo da psicóloga policial Aline Pozzolo Batista, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami) de Brusque.

Os resultados do trabalho demonstram que, no período, foram 169 mulheres direcionadas ao atendimento psicológico. Destas, apenas 75 compareceram. Ou seja, 44,37%. Deste percentual, 31% é composto de mulheres entre 38 e 46 anos, 23% de 27 a 36, 19% de 19 a 26, 21% de 51 a 59 e 6% de 64 a 72 anos.

Com relação ao estado civil, observou-se de a grande maioria, 62%, são mulheres casadas. 22% estão solteiras e 16% separadas ou divorciadas. No que diz respeito a escolaridade, a pesquisa constatou que 60% das vítimas de violência não possuía o ensino médio. 23% possuía a educação básica e apenas 17% possuía nível superior.

A naturalidade dos participantes envolvidos nos casos de agressão também chama atenção. 68% dos envolvidos são provenientes de Santa Catarina, 11% do Paraná, 10% de São Paulo, 4% do Pará, 4% da Bahia e 3% do Rio Grande do Sul.

Outros números

Transgeracionalidade: 77% das mulheres atendidas presenciaram violência durante a infância. Destas (75), 44 eram filhas de pais usuários de álcool ou outras substâncias.

Quanto ao conhecimento da Lei Maria da Penha: 69% das mulheres apresentavam dúvidas sobre a referida Lei.

No que se refere ao agressor estar sob uso de alguma substância durante a ameaça/agressão, 81% das mulheres entrevistas apontam que há o uso de drogas perpetrado durante a violência. A respeito da intitulação da substância, 41 mulheres citam o álcool, 13 delas citam álcool e outras drogas, oito vítimas citam maconha, outras oito o crack e cinco a cocaína.

 

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