Um projeto social coordenado pela equipe KZboxe está oferecendo de forma gratuita aulas de boxe para crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos.
De acordo com Marcos Krieger Filho, um dos professores,o ideal do projeto social é a melhora dos indivíduos participantes do ponto de vista individual e coletivo. "A ideia surgiu com base em um projetos existentes na região. Inicialmente a ideia era de formar competidores e inserir os envolvidos em um contexto de competição, disciplina e respeito".
Krieger conta que com a rotina e a efetividade dos trabalhos a equipe verificou que a necessidade era proporcionar uma melhora na qualidade de vida dos jovens, e que a competição não era o melhor caminho, afinal, os resultados de um competidor são diferentes dos resultados que o projeto visa alcançar. "A ideia de colocar alguém no pódio é de fato excelente. Entretanto, buscamos apenas que cada envolvido sinta-se melhor a cada dia, o simples fato de olhar para trás e ver o crescimento nos motiva a continuar, independente dos resultados. E, claro, caso algum aluno tenha interesse em competir, estamos dispostos a ajudar neste objetivo", salienta.
Benefícios
O professor afirma que o boxe auxilia no condicionamento físico e na coordenação motora. Além de ser uma modalidade de luta que ajuda na questão da defesa pessoal. "É uma luta em pé, logo o praticante terá noções de ataque e defesa, distância e movimentação", defende.
Esporte violento?
Muitas pessoas associam o esporte à violência e tem receio de praticar ou matricular seus filhos. Segundo Krieger, hoje tudo pode ser associado a violência, dependendo do ponto de vista de cada pessoa. "Todas as crianças tem acesso à materiais cortantes em casa, e continuamos usando isto para comer", exemplifica.
Para ele, o problema não está em saber uma luta, mas sim o que os praticantes fazem com o que sabem. "Sempre vai existir o maior e o menor, o mais forte e o mais fraco, e no Boxe essa diferença é clara. Quando as crianças e adolescentes começam a entender que existem categorias por idade e por peso, começam a criar senso de justiça, iniciativa e criação de uma identidade própria".
O instrutor de boxe relata que nas fases iniciais as crianças enxergam o esporte como uma diversão e normalmente são elas mesmas que pedem para fazer o sparring, que corresponde a uma simulação de um combate. Ele sustenta a tese de que no confronto presume-se que o boxeador está preparado para defender-se de forma que os riscos de lesão são minimizados. "Como no futebol, e qualquer outro esporte, o risco de lesão existe. Mas o projeto social não visa formar lutadores, mas tão somente propiciar que as crianças criem empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro, além de respeito, equidade e entender que a vida em sociedade requer indivíduos bem resolvidos, ou seja, pessoas que sejam capazes de lidar com os próprios conflitos internos, e o esporte é sem dúvida uma porta de entrada para essa melhora", finaliza.
Como participar
Os interessados podem entrar em contato com o professor Marcos Krieger pelo telefone (47) 99707-2088 para realizar as inscrições, disponíveis para crianças e adolescentes de 7 à 17 anos de idade.
O local do projeto é o Residencial Minha Casa Minha Vida, localizado na rua Jacob Schmidt, nº 777, entre os bairros Cedrinho e Paquetá.
As aulas são realizadas das 6h15m às 7h15m, nas terças e quintas-feiras, com início programado para o dia 25 de fevereiro.
