A primeira sessão legislativa da Câmara de Brusque, realizada na noite desta terça-feira (8), após um recesso de 15 dias, teve momentos reservados para certa dose de polêmica. O fato ocorreu após os informes iniciais, quando o presidente da casa, Jean Pirola (PP), destacou o arquivamento de duas denúncias contra ele, envolvendo escutas telefônicas interceptadas pelo Ministério Público, na investigação sobre suspeitas de fraudes em licitações, supostamente cometidos pela empreiteira Múltiplos Serviços e Obras.
Na ligação, ele conversa com o empresário Everson Clemente, sócio-proprietário da corporação, marcando um encontro com o, até então, prefeito Bóca Cunha. Os cidadãos Vilson Frena e Darci Romeu Reale Júnior denunciaram o progressista por quebra de decoro parlamentar.
Com o arquivamento do processo, Pirola foi incisivo ao dizer que já é de seu conhecimento o grupo político ao qual os denunciantes são envolvidos. Sem citar nomes, ele se referiu aos correligionários de Roberto Prudêncio Neto, ex-prefeito interino de Brusque e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Brusque, derrotado nas últimas eleições municipais. "Eu tinha nítida certeza de que seria arquivado, pois foram denúncias infundadas (...) tiraram partes de um processo em que eu estava como testemunha de acusação em um processo para tentar dizer que eu estava envolvido com alguma coisa", disse.
Jean disse, ainda, que conversou com uma das pessoas que assinaram a denúncia. Esta teria lhe dito que foi induzida a assinar o papel sem saber do que se tratava. "A gente acaba descobrindo essas coisas. Ele foi enganado por pessoas que tentaram se aproveitar da falta de conhecimento técnico pra tentar denegrir nossa imagem", complementou.
