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ELEIÇÕES 2018

PGR pede e TSE abre investigação sobre envio de mensagens em massa

Ações buscam investigar envio de notícias falsas em massa contra o candidato à presidência pelo PT, Fernando Haddad.

Publicado em 19/10/2018 às 21:22

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta sexta-feira (19) à Polícia Federal (PF) a abertura de um inquérito para investigar a suspeita de que empresas de marketing digital estariam atuando nessas eleições de maneira estruturada para envio em massa de mensagens pela rede social Whatsapp.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também abriu processo, depois de ação ajuizada pela candidatura de Fernando Haddad (PT) nesta quinta-feira (18).

Na quinta-feira (18), o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem segundo a qual empresas de marketing digital custeadas por empresários que apoiam o candidato à presidência Jair Bolsonaro estariam disseminando conteúdo em milhares de grupos do aplicativo.

Ao rebater as acusações, pelo Twitter, Jair Bolsonaro afirmou que não tem controle sobre apoios voluntários e afirmou que o PT não está sendo prejudicado por fake news, mas pela “verdade”.

A reportagem da Folha de S.Paulo apontou uma rede de empresas contratadas para efetuar os disparos em massa. Os contratos, que chegariam até R$ 12 milhões, seriam bancados por empresários próximos ao candidato, como Luciano Hang, da rede de varejo catarinense Havan. Em seu perfil no Facebook, Luciano Hang disse que vai processar a Folha de S.Paulo e desafiou o jornal a mostrar os contratos de envio de mensagens em massa.


Afronta ao processo eleitoral

Segundo o ofício enviado pela procuradora-geral Raquel Dodge ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, a situação “exige que se apure quem presta serviços com uso especializado e estruturado de logística empresarial para a divulgação, em massa, de informações falsas”.

Para a procuradora, o quadro de possível interferência na formação de opinião dos eleitores com atuação dessas empresas com mensagens que podem caracterizar ofensas aos dois candidatos “afronta a integridade do processo eleitoral”.

A Procuradora-Geral destaca que a investigação demanda “corpo pericial altamente gabaritado de equipamentos adequados”, uma vez que se trataria de um “novo formato de crime”.

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