O problema dos atendimentos das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as consultas destinadas para o Pronto Socorro do Hospital Azambuja, voltou a gerar polêmica em discussão na Câmara de Vereadores de Brusque na sessão da última terça-feira (02).
O vereador Ivan Martins (PSD), utilizou a tribuna para sugerir à secretaria municipal de saúde que seja feito um estudo visando a viabilidade de um acordo entre a prefeitura e o Sindicato dos Funcionários Públicos.
Segundo o parlamentar, um dos problemas está na necessidade que os funcionários públicos têm em dirigir-se aos postos de saúde para trocar a receita médica. “Se os sindicalizados puderem utilizar a receita que o médico que os atendeu forneceu para retirar o medicamento, não haverá a necessidade de trocar as receitas”, disse. “Se nós queremos diminuir o movimento nos postos de saúde, nós precisamos buscar novas alternativas e essa é uma delas. Claro que não irá resolver o problema como um todo, mas já ajuda a minimizar”, ponderou.
Inconstitucional
Por outro lado, Alessandro Simas apontou a inconstitucionalidade da proposta. “Desta forma, a proposta fere o sistema, pois é inconstitucional, no entanto já está havendo conversas com os sindicatos, como por exemplo, referente à possibilidade de disponibilizar um médico pneumologista. Estamos trabalhando para que isso possa acontecer” disse. O vereador Celso complementou. “O que pode ser feito é o município ofertar serviços a toda a comunidade”.
Reunião
Já, o vereador Lima apontou que participou de uma reunião com o secretário de saúde de Brusque, Humberto Fornari. Segundo o vereador, chamou a atenção, o fato de que “em 2018 a média era de quase 15 mil consultas nos postos de saúde e, hoje são apenas 8 mil. Ou seja, essa diferença de consultas tem sido destinada para o Hospital Azambuja e, por enquanto, não há como liberar um convênio”, explicou.
Alternativa
O vereador Martins trouxe ainda dados que mostram que o município de Brusque “cresce em número de habitantes anualmente, cerca de 1.500 a 3 mil pessoas e o orçamento é o mesmo”. “Então a dificuldade é, realmente, muito grande, mas nós precisamos buscar medidas alternativas”, finalizou.