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Política

Vereadores querem volta da Educação Moral e Cívica na grade escolar municipal

As matérias de OSPB - Organização Social e Política Brasileira e PPT - Preparação para o Trabalho também foram citadas na tribuna

Publicado em 19/04/2018 às 04:14

(Foto: divulgação)

Em requerimento aprovado nesta terça-feira (17), o vereador Ivan Martins (PSD) solicita ao prefeito Jonas Oscar Paegle (PSB) que a disciplina de Educação Moral e Cívica seja reinserida na grade curricular das escolas públicas municipais. Na proposição, o parlamentar defende a medida resgataria “valores fortemente desacreditados em nossa sociedade, fruto da retirada desta matéria dos ambientes escolares, nas últimas gerações”.

“Quando jovens, tínhamos a Educação Moral e Cívica e também a Organização Social e Política Brasileira (SPB), e aprendíamos a importância de praticar os atos cívicos. Naquela época, os professores eram respeitados, nós jamais poderíamos fazer qualquer ofensa aos mestres, que nos passavam ensinamentos para o futuro. Hoje, estamos vendo um descrédito total da população em todas as instituições do país, sem exceção. Por esta razão, concluímos que a solução para problemas desta natureza passa pelo banco escolar e, para isso, municípios, estados e a União precisam se preparar para mudar essa situação, porque o Brasil está virado de cabeça para baixo”, disse Martins. “A corrupção está impregnada, os políticos não se contentam apenas em roubar, querem roubar tudo, e é por isso que temos uma Educação e uma Saúde falidas, entre as piores do mundo. O Brasil virou uma baderna geral. Ninguém mais se respeita, a mentira tenta se passar pela verdade e nós tendo que assistir a isso passivamente. Se precisar, vamos voltar ao passado. As instituições educacionais têm que voltar a ter a Educação Moral e Cívica. Os nossos jovens precisam receber essas informações”.

Em aparte, Leonardo Schmitz (DEM) manifestou apoio à ideia: “Dou os parabéns pelo requerimento, porque realmente os valores e o respeito se perderam”. 

“O governo brasileiro não está muito preocupado com a Educação e os nossos governantes, em todos os níveis, também não. A preocupação deles é apenas com as finanças, o equilíbrio de caixa, não com a qualidade do ensino. Quando fui diretor da escola Padre Lux, toda sexta-feira tínhamos homenagem à bandeira, cantava-se o hino à bandeira e o hino nacional. Infelizmente, hoje isso é pouco praticado, mas essas homenagens despertavam o civismo, desenvolvendo o senso crítico nos brasileiros do amanhã”, contribuiu José Zancanaro (PSB). 

Jean Pirola (PP) defendeu também a volta da disciplina conhecida como PPT - Preparação para o Trabalho: “Qual será o motivo que levou à retirada dessas disciplinas do currículo escolar? Alguém não queria que o povo conhecesse a política, a organização do Estado. Muitos que estão se formando hoje no Ensino Médio não sabem qual a função de um governador, um senador, um deputado. Hoje, poucas cidades ainda comemoram o 7 de Setembro, então, concordo plenamente com esse resgate”. O parlamentar lembrou que já chegou a sugerir ao Executivo que os estudantes aprendam na escola tópicos sobre Defesa do Consumidor e Economia. “Temos que trazer o conhecimento pleno para a sociedade”.

Na mesma linha, Marcos Deichmann (Patriota) enalteceu o caráter militar das homenagens à bandeira nacional realizadas há anos atrás: “Era muito gratificante. Agradeço pela educação que tive e não esqueço de que tínhamos também, no Segundo Grau, a matéria de Direito, muito importante para as escolas, para que se aprendesse não apenas sobre os direitos, mas também sobre os deveres do cidadão. A proposta do vereador Ivan Martins é excelente. O Brasil caiu num projeto que deu totalmente errado nos últimos anos, precisamos rever essa situação”.

Líder do governo na Câmara, Deivis da Silva, o Deivis Jr. (MDB), declarou voto favorável ao requerimento e mencionou matéria jornalística que noticiava o retorno da Educação Moral e Cívica aos educandários do município de Mogi das Cruzes, no estado de São Paulo, nos últimos anos do Ensino Fundamental. Ele ressaltou que a disciplina, assim como a SPB, passou a ser obrigatória no Brasil a partir da edição do Decreto Lei 869/1968 e “caiu por terra com a nova LDB [Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional] de 1996”. “Quem sabe essa ideia se torne realidade em Brusque num futuro bem próximo”, concluiu.      

Sebastião Lima, o Dr. Lima (PSDB) propôs que a Câmara de Vereadores institua a execução do hino nacional em todas as sessões do Legislativo: “Vou colocar isso em discussão e fazer a proposição, para que demos o exemplo”. 

Claudemir Duarte, o Tuta (PT), também se manifestou de maneira favorável ao requerimento e chamou a atenção para a responsabilidade dos pais na educação dos filhos. 

Com entendimento semelhante, falou o presidente do Legislativo, Celso Carlos Emydio da Silva, o Dr. Celso (PSD): “Vamos chegar ao ponto em que os casais farão filhos para o Estado cuidar? Ou vamos ter a responsabilidade de pai e mãe e criar os nossos filhos? Filho criado, educado e orientado não se perde na vida. A escola transmite conhecimento. Quem educa é pai e mãe. Eu me lembro de uma menina de nove anos que ameaçou denunciar a mãe ao Conselho Tutelar dentro do consultório, porque foi repreendida”. “Chega de falar em democracia de maneira mentirosa. Democracia é o respeito às leis que promovem o bom convívio social”.  

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