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Tabagismo

Pneumologista alerta para o risco de consumo de tabaco e a inalação passiva

Uso de Narguilés e cigarros elétricos, segundo a especialista, não reduzem os riscos à saúde

Publicado em 12/11/2019 às 02:24
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(Foto: Marcelo Gouvêa / Portal da Cidade Brusque)

O crescimento do número de tabacarias em Brusque, desde 2016, é acompanhado e preocupa não só representantes da área da segurança pública, mas da saúde. Nesta segunda-feira (11) mostramos a distribuição deste tipo de estabelecimento e os desdobramentos da operação da Polícia Civil para fiscalizar o comércio de itens relacionados ao setor.

Para a pneumologista Daniela Salvador Alves, o consumo seja de narguilés, cigarros elétricos ou de variações de tabaco tradicionais são prejudiciais para a saúde dos seus usuários. O ideal, segundo ela, é uma que os pais e responsáveis mantenham conversas para alertar os mais jovens quanto os ricos do consumo. “É uma droga regulamentada, nada mais que isso. Só tem malefícios. A orientação é nem começar a usar”. 

Na avaliação dela, o modelo de consumo não influencia em ser mais ou menos danoso para a saúde, mas sim a carga tabágica de cada item. Além dos danos a longo prazo, o uso de alérgenos inalantes, como o tabaco, podem desencadear crises de broncoespasmo. O mal acarreta no fechamento das passagens de ar nos brônquios e, em pacientes específicos, pode levar à insuficiência respiratória aguda, segundo o alerta da especialista. 


A doutora também reforça a contrariedade da sociedade médica com o incentivo do consumo de tabaco ou derivados. De acordo com ela, mesmo as versões elétricas do cigarro já tiveram mortes atribuídas ao seu uso nos Estados Unidos nos últimos meses. 

A longo prazo, destaca o risco do tabagismo passivo, que pode gerar a caso de câncer de pulmão. Crises de bronquiolite aguda e crise de asma são mais comuns em períodos reduzidos. “Todo derivado de tabaco é prejudicial. O cigarro eletrônico e o narguilé seguem com a mesma média de 40 substâncias prejudiciais em relação ao cigarro de filtro comum, a diferença é ter menos substâncias químicas envolvidas”. 

Outro risco recorrente é o da dependência. Ainda no cenário americano, ela reforça os casos de insuficiência respiratória ligadas ao cigarro eletrônico. No último mês, cerca de 500 pessoas adoeceram e 11 mortes foram registradas. 

Mitos no consumo

Entre erros muito comuns no consumo de cigarros elétricos e dos narguilés está a esperança de que eles tenham risco menor em comparação aos tradicionais. Segundo Daniela, o que costuma ocorrer é o oposto.

De acordo com ela, também é errado imaginar que o uso deles pode ser uma alternativa para deixar de fumar. As inalações de fumaça, afirma, mesmo que não sejam originários do tabaco trazem malefícios e, na avaliação dela. “São apenas tentativas de glamorizar um hábito ruim. Mas são apenas um tipo legalizado de malefício, assim como álcool, açúcar e gorduras transsaturadas , que leva a um estilo de vida prejudicial e a um ciclo vicioso de doença”. 


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