Na última quinta-feira (22) o Colégio São Luiz deu início às atividades dos Clubes de Ciências, Debates e Olimpíadas, formados por estudantes do 8º ano a 3ª série do Ensino Médio.
A coordenadora pedagógica do Ensino Médio, Cíntia Cardoso, explica que os clubes de aprendizagem são espaços de desenvolvimento de competências que visam estimular o protagonismo, a criatividade, a autonomia e a interdisciplinaridade dos alunos, por meio de atividades extracurriculares nas mais diversas áreas de interesse.
“Estamos com bastante expectativa com relação a esse trabalho. A ideia é que seja um espaço de desenvolvimento de habilidades e competências diferenciadas para os nossos estudantes, mas sobretudo, um espaço de protagonismo do jovem”, considera.
Até o ano passado, a instituição contava apenas com o Clube de Debates, que iniciou as atividades ainda em 2021. Com o sucesso e os bons resultados deste grupo, o colégio decidiu ampliar as opções para os estudantes. Ao todo, 46 estudantes se inscreveram para o Clube de Ciências, 33 para o Clube de Olimpíadas e 25 para o Clube de Debates. As atividades acontecem uma vez por semana, durante 1h30. Cíntia comemora o número expressivo de participantes nos três clubes. “Ficamos muito felizes por perceber que temos muitos jovens bem interessados em aprender. Nós, enquanto colégio, proporcionamos o espaço adequado para as atividades e eles participam, de acordo com a área que mais têm afinidade”, pontua.
Cada clube terá uma dinâmica própria de funcionamento. Cíntia explica que as atividades do Clube de Ciências acontecerão 100% em laboratório. O Clube de Debates será em sala de aula, com o desenvolvimento de habilidades de oralidade, argumentação e raciocínio lógico. Já no Clube de Olimpíadas, os estudantes irão se subdividir por áreas do conhecimento, formando grupos de estudos para as competições. “Os clubes são inspirados em experiências bem-sucedidas de clubes extracurriculares em algumas escolas brasileiras que já vêm atuando neste sentido, oferecendo alternativas pedagógicas, culturais, sociais e esportivas aos estudantes, contribuindo para o seu desenvolvimento integral”, destaca.
Clube de Ciências
O Clube de Ciências foi o que teve maior procura entre os estudantes. Por isso, os membros foram divididos em duas turmas, que terão atividades a cada 15 dias. O professor responsável pelo clube, Leonardo Geisel Santos, destaca que a ideia é fazer experiências nos laboratórios, com aulas práticas e interativas. “O objetivo é que eles tragam suas ideias para que possamos experimentar juntos. No dia a dia da sala de aula não é possível trabalhar desta forma por conta do tempo, do número de alunos e do cronograma, então o clube é uma oportunidade para aprofundar os conhecimentos em ciências, ao lado de colegas que têm o mesmo interesse”, comenta.
Bianca Colombi Ristow, 16 anos, está na 2ª série do Ensino Médio e conta que decidiu participar do Clube de Ciências com foco na preparação para a universidade. “Estou muito interessada em cursar Biologia, e acredito que o clube será muito bom para mim, para o meu currículo. Ciências é algo que sempre me interessei e espero poder fazer muitos experimentos”, projeta.
Objetivo semelhante tem Clara Mariana H. Kohler, 16 anos, também estudante da 2ª série. “A minha meta é cursar uma faculdade fora do Brasil, então vi o clube como uma oportunidade de ter mais um certificado e colocar no meu currículo. Pretendo fazer Biomedicina e acredito que a experiência vai me ajudar muito”.
Clube de Olimpíadas
O professor Leonardo também é o responsável pelo Clube de Olimpíadas, formado com o objetivo de dar suporte aos alunos que pretendem participar das principais olimpíadas de conhecimento realizadas no país. De acordo com ele, os alunos formarão grupos de estudos, para se prepararem para as competições, com a resolução de provas e simulados. “Queremos, aos poucos, adquirir a cultura das Olimpíadas no colégio. Sabemos que é algo que será construído ao longo dos anos, mas já temos muitos alunos interessados”.
O professor destaca que hoje, algumas universidades no Brasil já utilizam como critério do processo seletivo a participação e medalhas conquistadas em Olimpíadas do conhecimento. Além disso, participar de atividades extracurriculares, como o Clube de Olimpíadas, pode ajudar também no ingresso em universidades internacionais. “O que o aluno faz fora da sala de aula conta tanto, senão mais, do que ele faz em sala de aula”.
Gunther Comper e Lucas Werner Wandrey, ambos de 16 anos, estão entre os participantes do Clube de Olimpíadas. Gunther conta que já participou de algumas competições, inclusive, conquistou medalha de bronze na Olimpíada de História, e decidiu participar do clube para melhorar seu desempenho. “Quero aprimorar a experiência”, diz.
Lucas, entretanto, pretende participar de Olimpíadas pela primeira vez neste ano, por isso, viu no Clube de Debates uma oportunidade para se preparar melhor. “Quero me dedicar mais aos estudos esse ano e treinar para a Olimpíada de Matemática”, comenta.
Clube de Debates
Criado oficialmente em 2022, o Clube de Debates do Colégio São Luiz é liderado por alunos. Neste ano, as responsáveis são as estudantes da 3ª série do Ensino Médio, Betina Mosimann Busnardo e Isabela Cris Nicolau, que integram o clube desde a fundação.
Betina explica que neste ano, o foco do clube será tanto nas simulações da ONU como no debate competitivo, esporte intelectual que o grupo trabalha desde o início. Outra novidade será a certificação ao longo do ano para os membros que atingirem a frequência, que poderá ser acrescentado ao currículo.
“É uma responsabilidade grande e uma honra continuar com o clube. Um dia, outras pessoas fizeram isso por nós e agora ficamos felizes em poder ajudar outros estudantes, como já fomos ajudadas”, diz.
Isabela destaca que o Clube de Debates contribui muito para o aproveitamento dos membros em sala de aula. “Além de trazer esse benefício externo, que é a comunicação e ter conhecimento sobre várias áreas, tem a questão escolar forte, porque trabalhamos assuntos que aparecem com frequência nas aulas de Geografia e História. O desenvolvimento escolar é muito grande, fora a melhora da retórica, fala, o preparo emocional”, destaca.
As monitoras observam que o fato delas participarem do clube há algum tempo irá auxiliar no preparo das aulas e também como orientar os participantes. “Saber o outro lado da história vai nos auxiliar muito, principalmente na hora de ver quais as dificuldades, os objetivos, porque são os mesmos que os nossos. Já fomos membros do clube e temos noção do que precisa ser feito”, diz Isabela.
Julia Heil Belli, egressa do Colégio São Luiz, também participou do primeiro dia de atividades do clube. Ela foi a responsável pelo grupo no ano passado e está prestes a iniciar o curso de Direito, na PUC-PR. Para ela, a participação no Clube de Debates foi fundamental para alcançar seu objetivo. “Tive muitas oportunidades com o clube de conhecer pessoas novas, lugares novos, ganhar premiação. Melhorou minha oratória, a qualidade dos meus pensamentos, meus conhecimentos políticos, econômicos, sociais, ambientais, além de ajudar na redação para vestibular. Foi algo que mudou minha vida”, diz.
Exemplo
Eduarda Cipriani Melo, 16 anos, decidiu se inscrever para o Clube de Debates visando a construção do seu currículo e também a preparação para a faculdade. “É algo que vai me ajudar profissionalmente. Como atividade extracurricular, acredito que vou poder usar no futuro. Também quero cursar Direito e acho que o clube vai me ajudar a manter o foco”.
Ariane Ouriques, 16 anos, também vê o clube como uma oportunidade de se preparar melhor para a universidade. “Entrei para o clube a convite de uma amiga e com o passar do tempo me interessei bastante. Decidi que quero cursar Direito e percebi que o debate pode me ajudar. Virou algo muito importante para mim”.
Quem também já tem experiência com os debates e vai continuar participando neste ano é Ana Carolina Martins, 16 anos. “Comecei com os debates no 9º ano porque admirava muito a Clarissa Dias, fundadora do clube. Vejo o clube como oportunidade de melhora da minha retórica e de desenvolver conhecimentos sobre política e economia. Pretendo estudar Direito em uma faculdade fora do país e o debate pode abrir portas”, completa.
