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Zé Mateus recorda parceria com Jesus no Palmeiras e sonha com Champions League

Formado pelo Verdão, volante do Brusque vive melhor momento da carreira e almeja acesso à Série B do Campeonato Brasileiro ainda neste ano

Publicado em 21/05/2020 às 22:19
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(Foto: Portal da Cidade Brusque)

O volante Zé Mateus, do Brusque, vive a melhor fase de sua carreira. Multicampeão no clube, nesta semana ele renovou seu vínculo com o Quadricolor por mais dois anos. No ano passado, também viveu um momento inesquecível, com o nascimento da filha, Maitê.

Chegada ao Verdão

O que alguns não sabem, é que o jogador atuou nas categorias de base do Palmeiras, inclusive formando partes de equipes ao lado de Gabriel Jesus, atacante do Manchester City, da Inglaterra, e da Seleção Brasileira. Em 2011, ele atuava em um clube chamado Junior Team, do Paraná, que realizou um amistoso contra o Palmeiras, em São Paulo. A boa atuação de Zé Mateus chamou a atenção do alviverde, que o convidou para ficar duas semanas na capital paulista realizando testes. Lá, o jogador convenceu os avaliadores do Verdão de seu talento, e então assinou um contrato de três anos com o clube. “Foi o clube que me abriu as portas no futebol, fiz várias amizades que conservo até hoje, fui muito feliz no Palmeiras, depois renovei por mais dois anos, ao todo foram cinco anos”, explica.


Foto: Arquivo pessoal

Quando Zé Mateus chegou ao Palmeiras, o clube vivia uma situação muito diferente de hoje, onde disputa todos os títulos e possui alta capacidade financeira para contratações. Em 2011, o Verdão fez uma tímida campanha no Brasileiro, ficando apenas na 11ª posição. No ano seguinte, amargou o segundo rebaixamento de sua história. “Muitos moleques da base acabaram subindo para o profissional para suprir o time de cima pelo fato do Palmeiras estar naquela fase”, relembra.

Em cinco anos no alviverde, Zé Mateus formou parte da equipe que ficou com o vice-campeonato do Campeonato Brasileiro Sub-20 de 2013, quando o Palmeiras perdeu a decisão para o Internacional. Ele treinou em algumas oportunidades com a equipe principal, oportunidade que segundo o volante, foram muito valiosas em sua carreira. “Aprendi bastante com o Zé Roberto, ele era um espelho para todo mundo. Chegava antes e era o último a sair. Sempre nos dava conselhos e a experiência dele me ajudou muito”, reconhece. No Palmeiras, Zé Mateus atuava um pouco mais avançado, como meia. Ele acredita que faltou um pouco de maturidade para que pudesse se filmar no clube paulista. “Não que eu não tenha levado a sério, mas se eu tivesse a cabeça que eu tenho hoje, muita coisa poderia ter sido diferente”, lamenta.


Foto: Arquivo pessoal

Relação com Gabriel Jesus

Gabriel Jesus foi desde sempre uma joia do Palmeiras. O atacante chegou em 2013 ao clube e colecionou artilharias nos campeonatos de base. Em 2015, após uma boa campanha na Copa São Paulo de Junior, na qual Zé Mateus formou parte, foi promovido ao time principal e apenas um ano depois foi vendido ao Manchester City. Disputou em 2018, a Copa do Mundo pela Seleção Brasileira e é presença garantida nas convocações realizadas por Tite. No clube inglês, tem a concorrência pesada do argentino Sergio Aguero, mas é considerado peça importante pelo técnico espanhol Josep Guardiola. O volante do Brusque diz que apesar de ser amigo de Jesus na época de Palmeiras, hoje em dia já não tem mais contato com o atacante. “Tentei falar algumas vezes com ele, mas até entendo ele não me responder, pois deve ter muita gente tentando falar com ele. Acho que se a gente se cruzar um dia, iremos conversar”.

Bruscão no caminho

O Palmeiras emprestou Zé Mateus para clubes de menor expressão em São Paulo como a Catanduvense, a Inter de Limeira e o XV de Piracicaba. No XV, pisou no gramado do estádio Augusto Bauer pela primeira vez, quando enfrentou o Bruscão pela Série D de 2017. O Quadricolor na época ainda era treinado por Pingo, que logo saiu do clube para treinar o Joinville, mas as duas partidas contra o Brusque pela quarta divisão nacional foram suficientes para chamar a atenção do treinador, que levou Zé Mateus para o Joinville. Ele retornou ao futebol paulista, para atuar novamente na Inter de Limeira, até ser novamente chamado por Pingo, desta vez no Brusque. Na época, Zé Mateus costumava atuar como lateral-direito. “O Pingo me levou para o Joinville e depois para o Brusque, e foi ele quem me colocou como volante. Já fiz várias funções na carreira, o importante é estar entre os onze titulares”, afirma.

Vaga na seleção de todos os tempos do clube

Ele conta que antes de chegar ao Quadricolor, já conhecia o clube e sabia da fama de ser clube muito difícil de ser batido jogando na condição de local. Hoje, ele é uma das peças mais importantes do time treinado por Jersinho e foi essencial na obtenção dos recentes títulos do clube. Recentemente, o Brusque realizou uma enquete para que os torcedores escolhessem os onze melhores jogadores da história do clube e Zé Mateus entrou na seleção como volante, desbancando nomes como Palmito e Mineiro, ídolos da torcida Quadricolor. “Fiquei muito feliz, tudo isso que estou vivendo vai ficar na história. Eu, minha esposa, minha família ficamos muito felizes com essa homenagem, mas pretendo continuar trabalhando para continuar escrevendo minha história aqui”.

Champions League: o maior dos objetivos

Zé Mateus reconhece que além de estar consolidado no Brusque, o fator família pesou para que o atleta renovasse seu contrato com o clube. A esposa Kauane, é natural de Lages, mas vive na cidade há um bom tempo. A filha Maitê, de apenas seis meses,é brusquense nata. Com apenas 25 anos e toda uma carreira pela frente, o jogador almeja voos ainda mais altos. “Espero ainda poder jogar a Série A do Campeonato Brasileiro e uma Champions League, que é o ápice do futebol para um jogador. Mas primeiramente também quero subir para a Série B aqui com o Brusque”, planeja.


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